Apenas um lembrete da minha palestra na próxima quarta-feira:
POETAS DE CABECEIRA: HERBERTO HELDER
Palestra por Claudio Willer
Data: dia 20 de julho de 2011, quarta feira
Horário: das 19h30 às 21h
Local: Sala de Debates no Piso Caio Graco, Centro Cultural São Paulo
Endereço: Rua Vergueiro 1.000 (metrô Vergueiro) – tel. 3397-4002 – email: ccsp@prefeitura.sp.gov.br
Herberto Helder talvez seja o poeta contemporâneo português de maior prestígio. Impressiona, em primeiro lugar, a riqueza das imagens poéticas do autor de “O amor em visita” e “A máquina lírica”, que serão examinadas através da leitura e comentários de seus poemas. Também tratarei da recorrência de alguns temas em sua poesia: a natureza, o mineral, a mulher, o corpo e o erotismo. E, com especial destaque, sua recuperação de fontes tradicionais, esotéricas e da expressão poética de sociedades tribais e povos “primitivos”. Livros como “O bebedor noturno” e “As Magias” de Helder exemplificam o aparente paradoxo de criações poéticas mais recentes promoverem um retorno do arcaico e primitivo, criando – a exemplo do que fizeram modernistas, surrealistas e ‘beats’ – suas próprias tradições.
Posted by Katyuscia Carvalho on 20/07/2011 at 05:29
Como disse Jorge Henrique Bastos: ”Herberto Helder impulsiona a viva encantação das palavras, o abalo que a sua poesia provoca é um dos mais profundos
que a literatura de língua portuguesa já sofreu.”
Herberto Helder é precisamente o poeta que confessou fazer poemas como quem faz cadeiras. Ou seja, o poeta que transforma a realidade numa outra realidade feita de palavras. E, para Diana Pimentel, a sua poesia é, neste aspecto, algo de muito plano e linear. “Para ele, na sua escrita, as palavras não são realidades imateriais, são objetos. Os poemas são paisagens e fazer um poema é colocar objetos numa paisagem”.
Caro Willer, será hoje sua paletra, e sei que será uma grande palestra, à qual gostaria tanto de poder estar presente. Helder é dos poetas que mais tenho lido ultimamente.
Meu abraço e admiração.