Uma consulta

Em tempo (postado no dia seguinte, 11/08): somando comentários aqui e no Facebook, é dez a zero, unanimidade, em favor de juntar tudo, montar um só dossiê. Agradeço. Vou proceder já à edição.  

Ia fazê-la pelo Facebook. Mas este blog é melhor para textos mais extensos. Agradeço se responderem, seja nos comentários da própria rede social, seja aqui.

É o seguinte: como é notório, havia aberto o dossiê “Censura no Facebook”, transcrevendo relatos e denúncias, em março de 2012. Desfile de absurdos: usuários suspensos por exibirem quadros clássicos em museus, notícias de jornal etc, além de casos evidentes de censura política, de idéias e posições. Este:

https://claudiowiller.wordpress.com/2012/03/22/censura-no-facebook-um-dossie/

Ao chegar a 69 relatos, achei extenso demais, pouco confortável para consulta. Abri um segundo post:

https://claudiowiller.wordpress.com/2013/08/01/dossie-censura-no-facebook-2/

No entanto, ter tudo junto, mesmo disfuncional para blogs, facilita pesquisas e consultas. Deu-me vontade de juntar tudo outra vez.

O que acham? Mantenho dossiê 1 e 2, ou junto tudo?

O primeiro deles, o extenso, teve milhares de acessos. Todo dia consultam. Vem sendo citado e tenho dado entrevistas.  Exemplos:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/facebook_reintroduz_a_censura_no_brasil

http://www.bhaz.com.br/censura-de-volta/

Acabei de atender a repórter de – de onde mesmo? – revista Imprensa, acho – logo saberei. Enfim, estratégia de fazer dossiê funcionou, somada, é claro, a outras iniciativas.

Próximo passo, urgente: tema chegar ao debate parlamentar sobre Marco Civil da Internet. É simples: basta constar que termos de adesão não podem sobrepor-se às leis brasileiras, principalmente no que se relaciona à liberdade de expressão e privacidade. Parece óbvio: no entanto, já houve consulta ao Ministério Público – por incrível que pareça, alegaram os contratos, termos de adesão. Haveria outros direitos a proteger, de usuários verem só aquilo com que concordam? Simples; que os incomodados bloqueiem quem mandou o que lhes parecer ofensivo. Evidentemente, quem ultrapassa limites e quebra normas jurídicas – casos de nazismo, outros modos de discriminação, incitação á violência (tem, e muito), comércio sexual do tipo ilegal, calúnias e difamações etc – continua sujeito às conseqüências.

Pretendo fazer novas consultas jurídicas. Importante o tema chegar a movimentos sociais progressistas e respectivas manifestações; que se propague.

Os posts aqui citados não foram minhas únicas manifestações. A tag “censura no Facebook” tem bastante:

https://claudiowiller.wordpress.com/?s=Censura+no+Facebook

7 responses to this post.

  1. Junte tudo, professor.

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  2. Posted by elizabeth lorenzotti on 10/08/2013 at 19:13

    Concordo , deve juntar tudo, facilita

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  3. Reunir tudo em um mesmo enlace, não há dúvida. Dá mais peso, destaque, e facilita acesso ao conteúdo completo. Abraxas

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  4. Acho melhor o dossiê reunido numa única parte. Na divisão, quem consultasse só a parte 2 perderia boa parte da história contra a censura.feita aqui em grupo e com muitas adesões, além dos depoimentos de tantos que foram bloqueados. Realizamos recentemente a segunda edição do Dia da Livre Manifestação do Nu evocando de novo a Constituição. Com a proximidade da votação do Marco Civil da Internet acho que iniciativas assim devem ser levadas em conta e enviadas como documentos à comissão encarregada do assunto e aos demais parlamentares. Tb sempre considerei que o Facebook resolveria toda esta polêmica com simplicidade se oferecesse opções de configuração que filtrem o que os usuários não querem ver nos seus feeds.
    Nosso posicionamento em relação ao nu envolve tb uma questão ética e estética, acho que instigamos um novo olhar sobre o corpo, diferente do que habitualmente a mídia divulga de forma pejorativa e sem naturalidade. Queria saber o que pensam os juristas sobre a censura ao nu indígena, por exemplo, num país cheio de tribos. Isso é uma aberração, constitui censura a costumes e deve haver na legislação algum artigo que trate disso. Fico muito admirada que um contrato virtual possa se sobrepor a Constituição do país. Na votação do Marco Civil esta questão dos índios deve ser apontada como o máximo da contradição. Acredito que as redes sociais devam se adaptar à nossa legislação e não o contrário.
    Por outro lado, lamento bastante que o uso do corpo seja permitido em posts grosseiros, enquanto a arte é censurada. Para mim, a batalha realmente difícil é lançar um compreensão estética, que implica em discernimento e até na questão do bom ou do mau, neste território tão diversificado das redes. Ver os nus e compará-los chega a ser uma função educativa do olhar. Por isso, o uso de filtros do tipo “isso não desejo ver” seria a forma mais democrática de resolver a censura a partir de escolhas individuais. A censura que se pratica na rede hj filtra o nu de forma totalmente aleatória, sem critérios. Fui bloqueada por 30 dias por publicar uma foto de Allen Ginsberg que nem era um nu, era um meio-nu, porque os genitais estavam cobertos. No fundo, era praticamente um homem sem camisa, mas censuraram minha “bandeira” que era a do nu. Então, repito: que critério estrábico é esse? Eles enxergaram o Ginsberg nu, mas ele estava vestido por uma tabuleta. Só servem calças?

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  5. Willer, temos nesses dois dossiês uma documentação e tanto. Acho que, no momento, ainda é importante coligirmos mais e mais casos para robustecer uma eventual ação futura. Junte tudo numa postagem só; facilita a pesquisa, a análise dos casos.

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  6. Willer, também acho que deve reunir.

    abr

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  7. Posted by Jacira Oliveira on 10/08/2013 at 20:56

    Também acho que a união dos dossiês facilitará muito! Abraço.

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