Retorna pela Cia. Corpos Nômades de João Andreazzi a encenação / adaptação de Os Cantos de Maldoror de Lautréamont, com tradução – publicada pela Iluminuras – e assessoria minhas. Estréia será dia 12 de maio, sexta feira. Dia 20, um sábado, darei palestra intitulada “A poesia selvagem de Os Cantos de Maldoror de Lautréamont”.
Lembrando, a versão anterior da mesma encenação ficou mais de um ano em cartaz, entre 2010 e 2011. Além do comparecimento de público, justificando ampliação da temporada, foi calorosamente elogiada pela críticas.
A seguir, ficha técnica e outras informações:
“HOTEL LAUTRÉAMONT – OS BRUSCOS BURACOS DO SILÊNCIO”
Espetáculo da Cia. Corpos Nômades inspirado na obra de Isidore Ducasse, Conde de Lautréamont, considerado o precursor do surrealismo na literatura.
Dia 12 de Maio de 2017 estreia a remontagem do espetáculo ‘Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio’ (2009), com coreografia e direção de João Andreazzi. A temporada inicia o projeto que comemora 10 anos de existência da sede da companhia – o Espaço Cênico O Lugar, na Rua Augusta 325. O projeto foi contemplado pelo 20º Programa Municipal de Fomento à Dança da cidade de São Paulo e para comemoração dos 10 anos de existência do Espaço Cênico O LUGAR a Cia. Corpos Nômades e conta com o apoio do O BOTICÁRIO NA DANÇA, através do PROACICMS/ Governo do Estado de SP.
‘Os Cantos de Maldoror’
Livro poético escrito entre 1868 e 1869 por Isidore Ducasse sob o pseudônimo Conde de Lautréamont. Poeta francês de origem uruguaia, Ducasse serve de referência para a construção e a elaboração dos momentos cênicos coreografados.
Como diretor e coreógrafo residente da Cia. Corpos Nômades, Andreazzi gerou um amplo espectro de encenações. De Marcel Duchamp a Samuel Beckett e de Manoel de Barros a Shakespeare, todos relidos a partir do tratamento específico dado ao corpo por Deleuze e Guattari, ele propõe encenações múltiplas, plurais. Ao mesmo tempo dança, teatro e música, as elaborações visuais criadas por Andreazzi e apresentadas pela Cia. Corpos Nômades são únicas; criando símbolos em cena, ao invés de simbolizar.
O próprio ser mutante protagonista do Conto, Maldoror, é um afrodisíaco para a criação coreográfica, um homem que se recorda de haver vivido durante meio século sob a forma de tubarão, nas correntes submarinas que margeiam as costas da África. Ora jovem, ora de cabelos brancos; aqui moribundo, ali capaz de façanhas atléticas; transformado em águia para combater a esperança, polvo para melhor lutar com Deus, porco em seus sonhos, coisa informe, misturada à natureza, objeto de identidade indefinida.
Trechos: “É um homem ou uma pedra ou uma árvore quem vai começar o quarto canto. Disfarça-se no combate ao bem: Tinha uma faculdade especial para tomar
formas irreconhecíveis aos olhos mais treinados”. Esses elementos são extremamente
férteis para a construção cênica coreográfica.
Serviço
“Hotel Lautréamont – Os Bruscos Buracos do Silêncio”
Estreia 12 de Maio de 2017, temporada segue até 09/07/2017.
Sextas e sábados 21h, Domingos 20h30
Recomendação: 14 anos
Lotação: 64 lugares
Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (Meia)
Espaço Cênico O LUGAR – CIA. CORPOS NÔMADES
Rua Augusta, 325
São Paulo – SP
tel. 011-32373224
PALESTRA: “A Poesia Selvagem de os Cantos de Maldoror de Lautréamont”, com Claudio Willer, no dia 20/05/2017 sábado das 18h às 20h. Evento gratuito. No Espaço Cênico O LUGAR – Sala Norte. Inscrições até o dia 19/05, pelo e-mail:ciacorposnomades@gmail.com, encaminhar uma carta de interesse e escrever no assunto (Palestra Lautréamont).
Ficha Técnica
Concepção Geral, Direção e coreodramaturgrafia: João Andreazzi
Elenco: Gervásio Braz, João Andreazzi, Korina Kordova, Rossana Boccia, Vagner
Cruz
Textos: Conde de Lautréamont
Assessoria dramatúrgica e tradução da obra do Conde de Lautréamont: Claudio Willer
Adaptações e novos textos: Claudio Willer e Cia. Corpos Nômades
Montagem Trilha Sonora: Vanderlei Lucentini
Pianista ao vivo: Diogenes Junior
Iluminação: Décio Filho
Figurino: David Schumaker
Produção: Cia. Corpos Nômades
Fotos: Cris Lyra e Lenise Pinheiro
Recomendação etária: 14 anos
Agradecimentos: Bernhard Gal e Arco Duo (trechos da trilha sonora)